2008-07-22

Gravilha para todos?

Depois de muitos anos à espera e de sucessivos pedidos de moradores e da Junta de Freguesia da Lapa, o parque infantil do Jardim da Estrela foi finalmente renovado. Para surpresa de todos quantos frequentam o dito parque, o piso adoptado foi a gravilha em vez dos novos pisos sintéticos. Ora, o piso anterior, em gravilha, era tão somente a maior razão de queixa dos utilizadores do parque.

A CML justifica a opção com restrições orçamentais.

Apetece-me perguntar ao Vereador José Sá Fernandes se também vai adoptar o piso em gravilha nos restantes parques infantis a recuperar ou construir em outros bairros de Lisboa? Os fregueses da Lapa, Santo Condestável, São Mamede e Santa Isabel não são nem mais nem menos que todos os outros e por isso exigem da CML igualdade de tratamento, independentemente do partido em quem votam nas eleições para a CML.

A irresponsabilidade de António Costa

Desde 2005 que o Jardim da Estrela era afectado por problemas de iluminação. A partir de Setembro de 2006 o problema agravou-se, provocando o corte total de iluminação.

Sob pressão permanente da Junta de Freguesia da Lapa, a CML e a EDP chegaram a entendimento tendo sido finalmente realizadas as obras de reparação da iluminação do Jardim.

Contudo, para espanto de muitos dos que diariamente atravessam o Jardim à noite, as luzes voltaram a apagar-se. Nem um só candeeiro funcionava.

No passado dia 3 de Junho, as luzes voltaram a acender-se, depois de 15 dias de completa escuridão. Teria sido uma nova avaria? Não. Simplesmente, os serviços da CML resolveram desligar a iluminação até que o Senhor Presidente da CML, Dr. António Costa, fosse inaugurar a dita cuja.

Fica a pergunta: e se nestes 15 dias tivesse ocorrido algum incidente grave no Jardim da Estrela? Quem seria o responsável?

Quem vive, estuda e trabalha em Lisboa merece mais. Merece, pelo menos, consideração e respeito.

Plano Tecnológico tarda em chegar à PSP

Hoje, mais de 10 anos após o último assalto, o meu carro voltou a ser assaltado. Um vidro partido, porta aberta e um projector multimédia roubado da bagageira. Face ao valor do equipamento em causa decidi fazer uma participação à Policia de Segurança Pública, PSP.

Dirigi-me à esquadra mais próxima, na Av. João Crisóstomo, pelas 18h. Três policias à porta, um policia a tomar conta das ocorrências. Fui informado que teria de esperar: "Estou a terminar o relatório diário e vai demorar um bocado. Não sei quanto tempo". Pergunto eu, e nenhum dos outros 3 policias poderia tomar conta da ocorrência? Parece que não.

Resultado, decidi ir à esquadra mais perto da minha área de residência: Santo Condestável. Hora de chegada: 19h. Dois policias à porta, um a tomar conta das ocorrências. Um queixoso a ser atendido, outro a aguardar. Decidi aguardar. Passada meia hora, o que estava à espera desistiu. Eu não. Esperei uma hora, tempo necessário para registar uma ocorrência. Pensei: "deve ser um caso complicado. O meu deve ser mais rápido, afinal foi só um assalto a um carro". Enganei-me, abandonei a esquadra duas horas depois de ter chegado. A minha simples participação demorou uma hora a ser registada. Pelo meio, um outro queixoso desistiu de estar à espera enquanto era registada a minha participação.

Diga-se, em abono da verdade, que fui atendido de forma simpática enquanto o policia que me atendia queixava-se da lentidão do computador, do acesso à rede, ...

Em resumo, na esquadra de Santo Condestável, enquanto foram registadas duas participações, verificaram-se duas desistências. A taxa de participações foi 50% do que podia/devia ter sido.

As estatísticas da pequena criminalidade não reflectem a realidade, o governo de José Sócrates agradece. Talvez por isso, o Plano Tecnológico parece tardar em chegar à PSP.

E já agora, quando é que de uma vez por todas são colocados civis a realizar estes e outros serviços, libertando policias para estarem onde devem estar?