Em Outubro de 2004, quando Rui Gomes da Silva, apoiado por Santana Lopes, veio exigir o direito ao exercício contraditório relativamente à intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa, afirmei que quem queria calar Marcelo corria o risco de ser calado. Três meses depois, caiu o governo de Santana Lopes.
Passados 4 anos, os mesmos protagonistas, agora liderados por Filipe Menezes, voltam a exigir o direito ao exercício do contraditório, envolvendo Marcelo Rebelo de Sousa e Pacheco Pereira.
Meu caro Luís Filipe Menezes, a política e o debate político na comunicação social não se esgotam nos partidos e muito menos na disputa entre o partido do governo e o maior partido da oposição. Felizmente, temos Marcelos e Pachecos e se hoje temos António Vitorino a defender o governo de forma ortodoxa, todas as segundas-feiras, podemos agradecer a Rui Gomes da Silva e a Santana Lopes.
Mas se quer propor alguma coisa nesta matéria, então proponha a substituição de António Vitorino por uma figura da esquerda com a dimensão e a liberdade de Marcelo Rebelo de Sousa, até porque, tirando os socialistas, já ninguém tem pachorra para ouvir o António Vitorino.
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