"Cavaco Silva destruiu o PSD", é o título da primeira grande entrevista de Carlos Carreiras ao jornal Expresso, depois de eleito Presidente da Distrital de Lisboa do PSD.
Quando podia criticar o Governo de José Sócrates ou a actuação de muitas Câmaras Municipais socialistas e comunistas do distrito, Carlos Carreiras optou por criticar o PSD e aquele que, conduziu o PSD às suas maiores vitórias eleitorais, governou Portugal durante mais de 10 anos e cumpriu um sonho dos social-democratas: eleger um Presidente da República oriundo da sua família política.
Quando podia criticar aqueles que, nos últimos anos têm contribuido para descredibilizar o PSD e que conduziram o PSD às maiores derrotas eleitorais, Carlos Carreiras optou por se colocar ao lado destes e anunciar uma futura candidatura de Santana Lopes à Presidência da República.
Depois da saída de Cavaco Silva da presidência do partido, o PSD obteve 34% nas legislativas de 1995 e 32% nas de 1999. Em 2005, dez anos depois, o PSD obteve 28%.
Quem está a destruir o PSD não é Cavaco Silva, mas sim aqueles que descredibilizam o PSD, dia após dia, os que falam demais e aqueles que se servem do partido no lugar de o servirem.